É o Senhor Deus quem manda o recado: chegará o dia em que as promessas se cumprirão!
Você duvida?
Você não acredita?
Pois leia o que Ele disse, pelas palavras de Jeremias (Jr 33,14-16). A afirmação é clara e categórica: “Eis que virão dias, diz o Senhor, em que farei cumprir a promessa de bens futuros” (Jr 33,14).
Certo, alguns poderão dizer: “Ora, mas a bíblia foi escrita por gente como a gente!” Ou então: “Mas não foi Deus quem pegou papel e tinta para escrever…” e assim por diante!
De fato, mas com um detalhe a mais: não foi Deus quem manuseou os instrumentos, mas ensinou a fazer. Foi gente como a gente que escreveu, mas o fez agindo sob a inspiração divina. A diferença entre eles e os que atualmente falam inspiradas por Deus é que aqueles disseram o que está na Bíblia e, por isso falaram a nós, através dos milênios de história.
Por sua vez, os profetas atuais nos transmitem a mensagem divina diretamente: a viva vós, pelas mídias sociais, pelo rádio ou pela TV; nas nossas celebrações, nos cursos de formação, nos encontros de catequese… o tempo e os meios são diferentes, mas é o mesmo Deus que está falando… em defesa da vida!
… e Ele continua dizendo, como falou pelas palavras de Jesus (Lc 21,25-36): “Ficai atentos e orai a todo momento, a fim de terdes força para escapar de tudo o que deve acontecer e para ficardes em pé diante do Filho do Homem” (Lc 21,36).
Entendeu?
A promessa está mantida!
Não estão excluídos os sofrimentos e as dores e as tristezas e o medo e as incertezas e as angústias … E todos os contratempos! Mas, a promessa se cumprirá!
Talvez, alguém pode perguntar: essa promessa é para todos!
Sim, com certeza. A promessa ou a proposta divina é aberta a todos. Ninguém está, de antemão, excluído dela. Evidentemente, também é verdade, ninguém, de antemão, está plenamente incluído. A promessa de Deus é plena e para todos. Mas a resposta é pessoal. Deve ser vivida em comunidade, na relação afetuosa, na defesa da vida, na defesa dos fracos, oprimidos, marginalizados… No serviço fraterno. Na solidariedade desinteressada. No amor incondicional. No altruísmo autêntico…. Enfim, tudo isso e cada uma de nossas obras, contarão no momento do encontro.
É como ensina o apóstolo Paulo: os dons são presentes de Deus: “O Senhor vos conceda que o amor entre vós e para com todos aumente e transborde sempre mais, a exemplo do amor que temos por vós.” (1 Ts 3,12). O amor, a graça são dons de Deus, entretanto, o merecimento é nosso!
Pode-se entender, também, um outro lado da mesma afirmação: a promessa e a proposta são eternas e para todos, mas nós a aceitamos ou rejeitamos em nosso tempo histórico.
O fato é que, como sabemos, nem todos vivem a experiência de amar aos outros; nem todos fazem de sua vida um serviço a quem precisa… Existem aqueles que são os causadores dos males e sofrimentos e dores que afligem muita gente. Existem aqueles que, em lugar de luz, promovem as trevas para o povo...
Para esses, também é valido o anúncio dos dias de angústia e medo. “Na terra, as nações ficarão angustiadas, com pavor do barulho do mar e das ondas. Os homens vão desmaiar de medo, só em pensar no que vai acontecer ao mundo” (Lc 21,25-26).
Para esse grupo de pessoas, que são os promotores das dores do povo, também se cumprirão as promessas. Mas esses, ao se olharem no espelho de suas vidas, não terão coragem de se aproximar do Senhor da Vida. Ver-se-ão no seu espelho de vida saberão as consequências do que fizeram, ao longo de suas vidas. Verão que foram promotores de dor e morte.
E, como fizeram de sua vida uma constante irradiação de trevas e morte, não terão olhos para ver a luz e a vida que vem do Senhor. Sua vida de maldade não lhes terá fortalecido a vida para ficarem “em pé diante do Filho do Homem!”
E então, nesse dia da promessa, os promotores das trevas e de morte, tremerão!
Por sua vez, os filhos da luz; os que promoveram a paz, o entendimento, a amizade, a justiça, o amor…. Ou aqueles que são as vítimas das tribulações produzidas não pelos demônios apocalípticos, mas por pessoas no transcurso cotidiano… esses receberão os frutos da promessa, junto com o Senhor da vida.
Mas para todos, valem os alertas das palavras paulinas: “Enfim, meus irmãos, eis o que vos pedimos e exortamos no Senhor Jesus: Aprendestes de nós como deveis viver para agradar a Deus” (1 Ts 4,1).
Que nos resta, então?
Viver intensamente nossa fé, pois virá o dia em que nossas obras serão nossa chave para a vida!
Mestre em educação, filósofo, teólogo, historiador
Outros escritos do autor:
Filosofia, História, Religião: https://www.webartigos.com/index.php/autores/npcarneiro;
Literatura: https://www.recantodasletras.com.br/autores/neripcarneiro.