Acreditavam que eram livres e felizes, pois assim se comportavam, correndo dentro do cercado que acreditavam ser sua casa.
Diariamente o pastor lhes alimentava, cuidava deles e todos seguiam o pastor. Ele os conhecia pelo nome e os chamava, conduzindo-os para onde achava conveniente.
Todos os dias os cordeiros entravam na fila, dirigindo-se ao cercado, onde o pastor os alimentava e medicava, se necessário. Acariciava seus pelos e os tosquiava, pois a lã era muito quente.
Quando estavam livres, no pasto, dentro do cercado, o pastor e os chamava:
- Venham meus cordeirinhos. Sigam-me. Entrem na fila meus cordeirinhos
E o pastor os condizia para onde ele queria:
E todos o seguiam. Era seu líder e todos o admiravam.
Entretanto houve um dia em que o ritual foi modificado com uma longa permanência no cercado.
Alguns até acharam estranho, mas o pastor, seu líder, assim o fizera e eles se acalmaram quando disse:
- Calma, meus cordeirinhos, fiquem calmos no cercado.
E os cordeirinhos ficaram calmos, pacificamente. O pastor os tosquiou e lhes disse:
- Esperem mais um pouco meus cordeirinhos. Hoje não vou lhes soltar para o pasto. Vamos dar um passeio.
Os cordeiros viram uma movimentação diferente. Mas acreditavam no pastor que veio novamente:
- Vamos passear, meus cordeirinhos! Entrem no caminhão!
Os cordeiros ficaram alegres e disseram, lá na língua deles:
- Oba, hoje vamos passear! O pastor nos deu um prêmio de produtividade.
Como eram cordeiros pacíficos, nunca se haviam revoltado nem ido à escola e, portanto, não sabiam ler.
E foram passear, sem entender que no caminhão estava escrito:
FRIGORIFICO.
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Neri de Paula Carneiro
Mestre em Eduação, Filósofo, Teólogo, Historiador
Rolim de Moura - RO
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