segunda-feira, 24 de fevereiro de 2020

Desculpe, foi mal!

Desculpe, foi mal! Essa é uma das formulas usadas pelos jovens da atualidade para se desculparem depois de terem feito uma besteira.

Mas não estamos falando dos vacilos dos jovens. O assunto, aqui, são atitudes de uns políticos que vemos por aí. Alguns deles foram representados no desfile de uma escola de samba do Rio de Janeiro: foram representados sentados em vasos sanitários. O carnaval queria mostrar o que eles andam fazendo, em nome da lei!

E se os cidadãos, eleitores e as pessoas inteligentes prestassem atenção, notariam como eles usam os vasos – do congresso nacional às câmaras municipais; de planalto até as mais humildes prefeituras. E o resultado recai sobre o povo: vítima de votos mal pensados.

Quer alguns exemplos: o presidente não perde oportunidade para ofender jornalistas, principalmente as mulheres, além de envergonhar o povo com seu discuso segregacionista. O o ministro da educação, além de escrever errado, desmoralizou uma das poucas coisas razoavelmente bem feitas – o ENEM; sem contar que cortou verbas das universidades e colocou em risco o avanço da ciência feito por pesquisadores brasileiros.

Se descermos um degrau a mais, vamos encontrar os estados com seus deputados e governadores dando tiro no pé. No inicio do mandato o governador de Rondônia anunciou uma correção salarial dos servidores e no dia seguinte veio a público dizer que havia sido um equívoco. Há poucos dias a Secretaria da Educação de Rondônia, mandou recolher livros da literatura universal e consagrada, sob alegação de que “contém linguagem inadequada” aos estudantes. Em seguida um certo diretor de escola militar, de Porto Velho, evidenciou intolerância desrespeitando o princípio básico de liberdade de associação sindical e “afastou” professores, devolvendo-os à SEDUC. Motivo os mesmos queria participar de uma assembleia do sindicato dos professores na qual seriam dados alguns informes de interesse público.

E a sucessão de episódios grotescos chegou até Rolim de Moura. Os vereadores da cidade, num “sábio” e “heroico” gesto de defesa dos interesses dos empresários locais revogaram uma lei municipal. A lei revogada era de 2011 e instituía como “feriado municipal” a “terça feira de carnaval” a sexta-feira santa e o dia de Corpus Christi. E com a lei 3689, de 18 de fevereiro de 2020, aprovada pela Câmara municipal e sancionada pelo prefeito, revogou-se essas datas como feriados municipais.

Feliz da vida, pensado nos vultosos lucros… a Associação Comercial do município soltou uma nota, com pompa e banda de música, dizendo aos seus associados: “ficando assim autorizadas as empresas de Rolim de Moura a exercer suas atividades sem precisar arcar com despesas de horas extras, sindicato e alvará especial”.

Quer dizer, os senhores de escravos ficam felizes e a prefeitura deixa de arrecadar com os alvarás e …

Desculpa gente, foi mal! Não deu tempo de terminar meu comentário maldoso:

A Câmara de vereadores voltou atrás e o prefeito concordou. Aprovaram e sancionaram a lei 3701, no dia 24 de fevereiro de 2020. O terceiro artigo diz que “Esta lei entrará em vigor na data de sua publicação, e revoga a Lei Municipal n. 3.689 de 18 de fevereiro de 2.020”

Portanto podemos pular carnaval e rezar sem cometer crime contra os empresários e contra a prefeitura….

E é bom lembrar: Logo mais teremos eleições para elegermos prefeito e vereadores...




Neri de Paula Carneiro

Mestre em educação, filósofo, teólogo, historiador.

Rolim de Moura - RO

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